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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Questões do Saresp 9 ano - Língua Portuguesa

Olá leitores e leitoras, espero que essa postagem seja de ajuda para professores de língua portuguesa que lecionam para o 9º ano, encontrei no site do saresp algumas questões do saresp 2010 e 2011, juntei todas num arquivo só e agora coloco aqui para vocês que quiserem preparar seus alunos para o saresp esse ano. Espero que seja de proveito. Abraço!

Extraído de: http://www.educacao.sp.gov.br/portal/projetos/saresp-2011

Questões do Saresp de língua portuguesa - 9º ano (2010 e 2011)


1)     Em – Os amazonenses fazem fé nessa versão que atesta o poder do guaraná e o consomem

diariamente para manter a boa disposição – o pronome o, em destaque, substitui a palavra

 

 (A) amazonenses.

(B) guaraná.

(C) versão.

(D) fé.

2) Leia trecho adaptado de um bate-papo pela internet, retirado de uma das salas do UOL.

 

Gata fala para MOÇO: NAO QUERO TC PQ VC PIZOU NA BOLA

André fala para Todos: Alguém q tc?

EU MESMO fala para apaixonado: QUEM E VC

Gata fala para nóis: ACHO QUE APARENCIA NAO EMPORTA

EU MESMO fala para Gata: eai gata ta afim de tc

Gata fala para apaixonado: OI QTOS ANOS

 

Com base no diálogo transcrito da sala de bate-papo, é correto afirmar que a linguagem utilizada

 

(A) incorre em erros relativos à escrita das palavras, mas mantém um nível de linguagem elevado, sem gírias.

(B) diverge em alguns aspectos das normas ortográficas, mas é eficiente para a comunicação dos

participantes do bate-papo.

(C) recorre, com muita frequência, à utilização de siglas e abreviações, sem que haja violação das normas

ortográficas.

(D) impossibilita que todas as pessoas consigam estabelecer uma comunicação eficiente e clara numa sala

de bate--papo como essa.

3) Leia o texto a seguir para responder a questão:

ÓBITO DO AUTOR

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em

primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento,

duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um

autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria

assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo:

diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

 

Fonte: ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008, v. 1, p. 626. Fragmento.

 

No trecho “…é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor…”, o humor

decorre

(A) do emprego da palavra defunto.

(B) do jogo de palavras.

(C) do emprego da palavra autor.

(D) da repetição dos vocábulos.

4) Leia o trecho a seguir e responda:

CAÇADOR DE MIM

Por tanto amor, por tanta emoção

A vida me fez assim

Doce ou atroz, manso ou feroz

Eu, caçador de mim

Preso a canções

Entregue a paixões

Que nunca tiveram fim

Vou me encontrar longe do meu lugar

Eu, caçador de mim

Nada a temer

 

Fonte: NASCIMENTO, Milton. Caçador de mim. Disponível em < http://vagalume.uol.com.br/milton-nascimento/caçador-de-mim.html> Acesso em: 18 out. 2009.

 

Antítese é a figura de linguagem que consiste no confronto entre ideias opostas. Assinale a alternativa

em que o fragmento transcrito é uma antítese.

 

(A) “Por tanto amor, por tanta emoção”

(B) “Preso a canções/Entregue a paixões”

(C) “Doce ou atroz, manso ou feroz”

(D) “Nada a temer/Senão o correr da luta”

5) Leia atentamente o texto abaixo e responda à questão.

 

É MASSA, BROTHER

Brother, dentro dessa nova edição do Vestibular 500 Testes tem tudo para que o próximo vestiba

role na maior.

Só de português são 80 questões, sendo 50 testes e 30 escritas.

Fora as questões de física, química, biologia, história, geografia, matemática e inglês.

Ah, tem uma lista de livros e uma série de dicas que você precisa ficar por dentro antes de

encarar os exames.

Vestibular 500 Testes, especial do Guia do Estudante.

Desencana, brother.

Vestibular agora é manha.

 

Fonte: Veja. São Paulo: Abril, 23 out. 1990. p. 13.

 

Observe que o texto foi construído intencionalmente numa variante linguística coloquial. O enunciador

utiliza essa variante porque

 

(A) busca reproduzir a linguagem escrita dos exames vestibulares.

(B) precisa enfatizar que todas as matérias exigidas pelos exames vestibulares constarão do Guia do Estudante.

(C) acredita que os jovens escrevem dessa forma e não entenderiam uma mensagem elaborada em outra

variante linguística.

(D) pretende, por meio de imitação da linguagem oral do jovem destinatário, tornar-se próximo a este e

convencê-lo a adquirir um produto.

6) Leia o texto e responda à questão.

 

PRECONCEITO E PRETENSÃO

 

A tese da internacionalização, ainda que circunstancialmente possa até ser mencionada por pessoas

preocupadas com a região amazônica, longe está de ser solução para qualquer dos nossos problemas. Assim,

escolher a Amazônia para demonstrar preocupação com o futuro da humanidade é louvável se assumido

também, com todas as suas consequências, que o inaceitável processo de destruição das nossas florestas é

o mesmo que produz e reproduz diariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo.

Se assim não for, e a prevalecer mera motivação “da propriedade”, então seria justificável também propor

devaneios como a internacionalização do Museu do Louvre ou, quem sabe, dos poços de petróleo, ou ainda,

e neste caso não totalmente desprovido de razão, do sistema financeiro mundial.

 

Fonte: JATENE, Simão. Preconceito e pretensão. In: JB ecológico. Ano 4, n.º 42, jul. 2005. pp. 46-47. Fragmento.

 

Para defender seu ponto de vista, o enunciador do texto utiliza como argumento

(A) um dado estatístico referente à ampliação do sistema financeiro.

(B) um exemplo referente à criação de novos poços de petróleo.

(C) uma causa relativa à preservação do Museu do Louvre.

(D) uma comparação relativa à produção e à reprodução da pobreza.

7) Leia o texto e responda à questão.

 

Livramento (morro do): Situado no bairro da Saúde, foi o local onde Machado nasceu, em 1839. Naquele

ano, toda a área do morro era ocupada por uma imensa chácara, propriedade da família de Bento Barroso

Pereira, homem de prestígio, brigadeiro e senador do Império, falecido em 1837. Desde então, sua esposa,

D. Maria José de Mendonça Barroso Pereira assumiu a administração da propriedade, formada por vários

imóveis, o palacete da proprietária, a capela consagrada a Nossa Senhora do Livramento, casas destinadas

a escravos e a agregados. Foi ali que Machado passou os primeiros anos de vida, que o iriam marcar para

sempre. Lúcia Miguel Pereira acha que o escritor recriou o ambiente da chácara na novela “Casa Velha”, opinião

aceita por outros biógrafos. Machado nasceu em casa não identificada, demolida no início do século XX.

 

Fonte: CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. Porto Alegre: L&PM Pocket; Rio de Janeiro: Lexikon, 2007. Fragmento.

 

Das informações contidas nesse verbete, a mais importante é que

 

(A) a área do morro era ocupada por uma imensa chácara, propriedade da família de Bento Barroso Pereira.

(B) D. Maria José assumiu a administração da propriedade depois da morte do marido.

(C) o escritor Machado de Assis nasceu no morro do Livramento, no bairro da Saúde.

(D) os proprietários da chácara onde nasceu Machado de Assis eram pessoas ilustres.

8) Leia o texto e responda à questão.

 

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

 

Uma das crises mais importantes para o destino da humanidade é a crise ecológica. Os cientistas

afirmam que em 50 anos a temperatura média, no planeta Terra, subirá em seis graus centígrados. Isso vai

significar a extinção de mais da metade das espécies hoje existentes. Autoridades ecológicas afirmam que,

em alguns anos, o nível do mar subirá meio metro, inundando cidades e outras áreas.

Aqui no Ceará, vemos isso na cidade de Icaraí, município de Caucaia, onde barracas de praia foram

espremidas contra a barreira por causa do aumento do nível do mar. Então a crise econômica, que é muito

importante, não se compara à crise ecológica que destrói por definitivo a vida na Terra.

Para cada ação há uma reação! A nossa reação diante da destruição do planeta deve ser de profunda

mudança de estilo de vida. Em vez de uma vida exploratória e predatória, devemos viver uma vida simples,

doadora e humana.

 

Fonte: LESSA, Paulo Roberto Girão. Consciência ecológica. Folha Online, São Paulo, 30 out. 2008. Painel do Leitor. Disponível em: http://www1.folha.uol.

com.br/folha/paineldoleitor/ult3751u461962.shtml. Acesso em: mar. 2009.

 

Assinale a alternativa em que se reproduz uma opinião do enunciador do texto.

(A) “Nos últimos anos, várias espécies animais e vegetais foram extintas”.

(B) “No Ceará, houve aumento do nível do mar”.

(C) “Em Icaraí, barracas de praia foram espremidas contra a barreira”.

(D) “É preciso viver uma vida simples”.

9) Leia o texto e responda à questão.

 

NEWTON, UM GRANDE CIENTISTA

 

No Natal de 1642, na cidade de Woolsthorpe, Inglaterra, nasceu um dos maiores gênios que a humanidade

já conheceu: Isaac Newton.

Aos dois anos de idade, ficou órfão de pai. Sua mãe casou-se pela segunda vez e mudou-se para outra

cidade, deixando a educação do menino a cargo do avô. Aos dezoito anos, foi estudar na Universidade de

Cambridge, perto de Londres, onde aprofundou seus conhecimentos em Matemática. Entretanto, a peste

bubônica (doença infecciosa transmitida ao homem por pulgas que captam micróbios de ratos) que invadiu

Londres, em 1665, provocando o fechamento de escolas e outras instituições, levou Newton de volta para

sua fazenda, onde se refugiou por um ano e meio.

Durante a estada na fazenda, o jovem matemático continuou se dedicando ao estudo, tendo realizado

descobertas importantes para a Matemática e a Física. Uma dessas descobertas diz respeito à atração que

existe entre objetos materiais, chamada de atração gravitacional.

As pessoas costumam fazer piadas sobre Newton, dizendo que uma maçã caiu sobre sua cabeça, e

isso o levou a concluir que a maçã era atraída pela Terra. É bem provável que a maçã não tenha caído sobre a

cabeça do cientista e sim no chão, perto dele. Mas uma coisa está certa: a Terra atrai frutas, pessoas e objetos

materiais para si, conforme se pode observar, diariamente.

Eliminados os perigos da peste bubônica, Isaac Newton retornou a Cambridge, em 1667, e pouco tempo

depois passou a ensinar na Universidade. Faleceu a 20 de março de 1727, com oitenta e quatro anos de idade,

tendo deixado muitos estudos e publicações científicas.

 

Fonte: MONTANARI, Valdir; CUNHA, Paulo. Newton, um grande cientista. Nas ondas da luz. São Paulo: Moderna, 1996.

 

A principal descoberta do cientista Isaac Newton, segundo sua biografia, é

(A) ação da força gravitacional.

(B) a solução de uma equação matemática.

(C) o micróbio de rato que provoca doenças.

(D) o tratamento para a peste bubônica.

10) Leia o texto e responda à questão.

 

Maçã do amor

Ingredientes:

- 1/2 quilo de açúcar

- 2 colheres (chá) de vinagre

- 1 colher (chá) de anilina vermelha

- 4 maçãs lavadas e enxutas

 

Modo de preparo

Misture os três primeiros ingredientes e faça uma calda grossa. Pegue as maçãs, espete em palitos

de sorvete e mergulhe na calda. Ponha no tabuleiro e deixe esfriar.

 

FONTE: Maçã do amor. Disponível em <http://saboresecia.blogspot.com/2008/05/ma-do-amor_21.html> Acesso em: 10 nov. 2008.

 

Podemos afirmar que o texto é uma receita porque

(A) ensina a combinar os produtos e o jeito de enfeitar cada um deles.

(B) indica a quantidade de ingredientes e o modo de preparar um prato.

(C) mostra o tabuleiro e informa o tempo que leva para esfriar.

(D) sugere os acompanhamentos e a bebida adequada para servir.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sinais de Pontuação - 6º ano

Sabe porquê existem os sinais de pontuação na linguagem escrita?

Existem para facilitar a leitura e a interpretação do texto.

  • Ponto final (.) - Usa-se no final da frase e obriga o leitor a fazer uma pausa.
  • Ponto de exclamação (!) - utiliza-se quando desejamos exprimir admiração, surpresa, receio, etc.;
  • Ponto de interrogação (?)- usa-se para fazer uma pergunta;
  • Vírgula (,) - separa os elementos da frase e permite marcar uma pequena pausa;
  • Ponto e vírgula (;) - usa-se para separar orações coordenadas; obriga a uma pausa mas não termina a frase;
  • Dois pontos (:) - usam-se antes de uma citação ou de uma enumeração.
  • ponto de exclamação - utiliza-se quando se deseja exprimir surpresa, receio, admiração, etc.;
  •  ponto de interrogação - usa-se para fazer uma pergunta;
  • reticências - indicam que a frase está incompleta; assinalam uma hesitação ou uma pausa;
  • travessão - utiliza-se nos diálogos para indicar a fala das personagens;
  • aspas - introduzem palavras ou citações de outros textos;
  • parêntesis - assinalam informações diversas.
  • Confira aqui um texto inédito da escritora Alice Vieira
 
Eu sou o maior
 
  O Ponto Final, a Vírgula e o Ponto de Interrogação tentavam descobrir qual deles era o mais importante.
- Quem é que faz todas as perguntas? Quem é que põe todas as dúvidas? Alguém duvida que o mais importante sou eu? - disse o Ponto de Interrogação.
- Eu sou a resposta a todas as perguntas. O fim de todas as discussões. Eu sou o mais importante - disse o Ponto Final.
- E tu serves para quê? - perguntou o Ponto de Interrogação à Vírgula. E a Vírgula respondeu:

- Experimentem dizer: “Ana Teresa Maria José Rita Sofia eram da mesma família!”.
Sem mim, quantos irmãos tem a família?
- Seis - disse o Ponto Final.
- Serão mesmo seis? - perguntou o Ponto de Interrogação.
- Comigo, podem ser apenas três: “Ana Teresa, Maria José, Rita Sofia”. Mas também podem ser quatro: “Ana, Teresa, Maria José, Rita Sofia”. Sem mim, nunca saberão.
- Pronto - disse o Ponto Final.
- Digamos que valemos todos o mesmo. Sem pontos, vírgulas e pontos de interrogação, as palavras andavam todas perdidas pelo meio das histórias.

Extraído de: http://estudamais8.blogs.sapo.pt/20865.html

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Dicas de Língua Portuguesa

Olá amigos, hoje trago a vocês algumas dicas que, se levadas a sério, farão uma boa diferença em suas notas de língua portuguesa. Confira:


- Quer ler melhor? Leia! É isso mesmo, não adianta querer ler bem se não praticar. Vejo muito isso em sala de aula, alguns alunos não querem ler textos em voz alta pois sentem vergonha ou até mesmo medo do que seus colegas vão dizer sobre sua leitura. Se você quer fazer algo bem feito não tem segredo, o negócio é praticar.

- Errando muito na hora de escrever palavras simples? Decorar algumas regrinhas pode ser de grande ajuda na hora de escrever aquela redação.
      Por exemplo: Pomba, Samba, Trompete
  O que essas palavrinhas tem em comum? Pense um pouquinho... A regrinha é: Antes de P e B, M tem que escrever. Ou seja, salvo algumas exceções, quando a palavra tiver letras como p e b no meio dela e antes você estiver com dúvida se é m ou n lembre-se, é sempre o M. Simples não?

- Uma palavrinha que muitos alunos erram: De Repente. Sim essa palavra se escreve assim separando o de do repente. Como eu não esqueci mais? Minha professora na 3ª série com seus métodos nada tradicionais e (acho que já estava cansada de repetir isso) foi até o corredor da sala e disse que o De estava lá fora e o Repente estava lá dentro e eu nunca mais esqueci!

Bom, por hoje é só, volto outro dia com mais dicas de português. Abraço!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dia do Professor

Uma simples homenagem a quem merece muito mais! Parabéns queridos(as) amigos (as) de profissão!



Curiosidades sobre o dia do professor:

- Em 2013, completa-se 50 anos da comemoração oficial do Dia dos Professores, instituída pelo presidente João Goulart em 1963;

- A ideia de fazer do dia um feriado surgiu em São Paulo, com o professor Salomão Becker, que propôs uma reunião com toda a equipe da escola em que trabalhava para que fossem discutidos os problemas da profissão, planejamento das aulas, trocas de experiências etc. A reunião deu certo e outras escolas passaram a adotar a data, até que ela se tornou de grande importância para a estrutura escolar do país;

- A escolha da data se deve a decreto do imperador Dom Pedro 1º, que em 15 de outubro de 1827 estabeleceu o Ensino Elementar no Brasil, determinando a criação das chamadas “escolas de primeiras letras” em todas as cidades, vilas e lugares do Império;

- Um dos itens mais importantes do decreto imperial tratava da missão do ensino fundamental: “desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”;

- Na época, os conceitos trabalhados eram diferenciados de acordo com o sexo, sendo que os meninos aprendiam a ler, a escrever, as quatro operações matemáticas e noções de geometria. Para as meninas, as disciplinas eram as mesmas, porém no lugar de geometria entravam as prendas domésticas, como cozinhar, bordar e costurar.

Texto extraído de: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Educacao/156180,,A+arte+de+ser+professor.aspx

sábado, 12 de outubro de 2013

Conceito de Pronome

Pronome é classe de palavra (variável em gênero, número e pessoa) que acompanha ou representa o substantivo, serve para apontar uma das três pessoas do discurso ou situá-lo no espaço e no tempo.

O pronome pode funcionar como:

- Pronome adjetivo: quando modifica um substantivo.

Esta casa é antiga.

- Pronome substantivo: quando desempenha função de substantivo.

Paulo é um ótimo aluno. Convidei-o para o curso.
Observação: o pronome expressa um ser apenas quando inserido num contexto.

Há, no português, seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos.

As três pessoas do discurso:

- primeira pessoa: aquela que se refere à pessoa que fala: eu, me, mim, meu...
- segunda pessoa: aquela que se refere à pessoa com quem se fala: tu, te, ti, teu...
- terceira pessoa: aquela que se refere à pessoa de quem se fala: ele, ela, se, si, seu...

Pronomes Pessoais

Pronomes pessoais são aqueles que designam uma das três pessoas do discurso.

Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)

Os pronomes pessoais são subdivididos em:

- do caso reto: função de sujeito na oração.
Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)

- do caso oblíquo: função de complemento na frase.
Desculpem-me. (me = objeto)

Os pronomes oblíquos subdividem-se em:

- oblíquos átonos: nunca precedidos de preposição, são eles: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes.

Basta-me o teu amor.

- oblíquos tônicos: sempre precedidos de preposição:
Preposição: a, de, em, por etc.
Pronome: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas.

Basta a mim o teu amor.

Pronomes Pessoais:

NúmeroPessoaPronomes retosPronomes oblíquos
SingularprimeiraEuMe, mim, comigo
 segundaTuTe, ti, contigo
 terceiraEle/elaSe, si, consigo, o, a, lhe
PluralprimeiraNósNos, conosco
 segundaVósVos, convosco
 terceiraEles/elasSe, si, consigo, os, as, lhes


Pronomes de Tratamento
Nos pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento.

Pronome de tratamento é aquele com que nos referimos às pessoas a quem se fala (de maneira cerimoniosa), portanto segunda pessoa, mas a concordância gramatical deve ser feita com a terceira pessoa.

Alguns pronomes de tratamento:
 
pronome de tratamentoabreviaturareferência
Vossa AltezaV.A.príncipes, duques
Vossa EminênciaV.Emª.cardeais
Vossa ExcelênciaV.Exª.altas autoridades em geral
Vossa MagnificênciaV.Magª.reitores de universidades
Vossa ReverendíssimaV.Revmasacerdotes em geral
Vossa SantidadeV.S.papas
Vossa SenhoriaV.Sª.funcionários graduados
Vossa MajestadeV.M.reis, imperadores


Emprego dos pronomes pessoais:

- conosco e convosco: são utilizados na forma sintética, exceto se vierem seguidos de outros, todos, mesmos.

Queriam falar conosco.
Queriam falar com nós mesmos.

- o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações.

Vou pô-lo a par do assunto. (pôr + o)

- o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a forma no, na, nos, nas.

Fizeram-no calar.

- nós e vós podem ser empregados em lugar de eu e tu em situações de cerimônia ou, no caso de nós, por modéstia.

Nós, disse o papa, seguiremos os mesmos passos de nossos antecessores.

Vós sois sábio.

- vossa e sua: vossa cabe à pessoa com quem se fala; sua cabe à pessoa de quem se fala.

Vossa Excelência queira tomar a palavra. (falando com ou para uma autoridade)
Sua Excelência não compareceu. (falando de uma autoridade)

- você e os demais pronomes de tratamento comportam-se gramaticalmente como pronomes da terceira pessoa.

Você chegou atrasado para o jantar!

 
Pronomes Demonstrativos
 
Os pronomes demonstrativos demonstram a posição de um elemento qualquer em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço, no tempo ou no próprio discurso.
Eles se apresentam em formas variáveis (gênero e número) e não variáveis.
 

                                            Pronomes Demonstrativos

Primeira pessoaEste, estes, esta, estas, isto
Segunda pessoaEsse, esses, essa, essas, isso
Terceira pessoaAquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo
- As formas de primeira pessoa indicam proximidade de quem fala ou escreve:

Este senhor ao meu lado é o meu avô.

Os demonstrativos de primeira pessoa podem indicar também o tempo presente em relação a quem fala ou escreve.
Nestas últimas horas tenho me sentido mais cansado que nunca.

- as formas de segunda pessoa indicam proximidade da pessoa a quem se fala ou escreve:
Essa foto que tens na mão é antiga?

- os pronomes de terceira pessoa marcam posição próxima da pessoa de quem se fala ou posição distante dos dois interlocutores.
Aquela foto que ele tem na mão é antiga.


Uso do pronome demonstrativo

Os pronomes demonstrativos, além de marcar posição no espaço, marcam posição no tempo.

- Este (e flexões) marca um tempo atual ao ato da fala.

Neste instante minha irmã está trabalhando.

- Esse (e flexões) marca um tempo anterior relativamente próximo ao ato da fala.

No mês passado fui promovida no trabalho. Nesse mesmo mês comprei meu apartamento.

- Aquele (e flexões) marca um tempo remotamente anterior ao ato da fala.

Meu avô nasceu na década de 1930. Naquela época podia-se caminhar à noite em segurança.

Os pronomes demonstrativos servem para fazer referência ao que já foi dito e ao que se vai dizer, no interior do discurso.

- Este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito posteriormente.

Espero sinceramente isto: que seja muito feliz.

- Esse (e flexões) faz referência àquilo que já foi dito no discurso.

Que seja muito feliz: é isso que espero.

- Este em oposição à aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados, este se refere ao mais próximo, aquele, ao mais distante.

Romance e Suspense são gêneros que me agradam, este me deixa ansioso, aquele, sensível.

- O (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem à aquele (s), aquela (s), aquilo, isso.

Recuso o que eles falam. (aquilo)

- Mesmo e próprio, pronomes demonstrativos, designam um termo igual a outro que já ocorreu no discurso.

As reclamações ao síndico não se alteram: são sempre as mesmas.

*são usados como reforço dos pronomes pessoais.

Ele mesmo passou a roupa.

*como pronomes, concordam com o nome a que se referem.

Ela própria veio à reunião.
Eles próprios vieram à reunião.

Pronomes Indefinidos e Interrogativos
 
 
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa e genérica.

Alguém deixou a torneira aberta.

                                        Pronomes Indefinidos

VariáveisInvariáveis
 (referem-se a coisas)
Algum, alguma, alguns, algumasalgo
Nenhum, nenhumaTudo
Nenhuns, nenhumas 
Todo, toda, todos, todasNada
Outro, outra, outros, outras 
Muito, muita, muitos, muitas 
 (referem-se a pessoas)
Pouco, pouca, poucos, poucasQuem
Certo, certa, certos, certasAlguém
Vário, vária, vários, váriasNinguém
Quanto, quanta, quantos, quantasoutrem
Tanto, tanta, tantos, tantas 
Qualquer, quaisquer 
 (referem-se a coisas e pessoas)
Qual, quaisCada
Um, uma, uns, umasque
Os pronomes indefinidos também podem aparecer sob a forma de locução pronominal:

Cada qual, quem quer que, qualquer um, todo aquele que, tudo o mais


Emprego dos pronomes indefinidos

- o indefinido algum, anteposto ao substantivo tem sentido afirmativo; posposto, assume sentido negativo.

Algum caso teve ocorrência. (afirmativo)
Motivo algum me fará desistir de você. (negativo)

- o indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral.

Receberam dez reais cada um.

- o indefinido certo, antes de substantivo é pronome indefinido, depois do substantivo é adjetivo.

Não entendo certas pessoas. (pronome indefinido)

Escolheram o local certo para a festa. (adjetivo)

- o indefinido todo e toda (singular), quando desacompanhados de artigo, significam qualquer.

Todo homem é mortal. (Qualquer homem é mortal)

Quando acompanhados de artigo dão ideia de totalidade.

Ela jogou todo o macarrão fora.

Qualquer (plural = quaisquer): Vieram pessoas de quaisquer origens.


Pronomes Interrogativos


É um tipo de pronome indefinido com que se introduzem frases interrogativas (diretas ou indiretas).

VariáveisInvariáveis
Qual, quantoQuem que

Quantos irão ao teatro? (direta)
Quero saber quantos irão ao teatro. (indireta)


Pronomes Possessivos
 
 
Pronome possessivo é o tipo de pronome que indica a que pessoa do discurso pertence o elemento ao qual se refere.

Meu carro está estragado.

Quadro dos pronomes possessivos

NúmeroPessoaPronomes possessivos
singularprimeirameu, minha, meus, minhas
 segundateu, tua, teus, tuas
 terceiraseu, sua, seus, suas
pluralprimeiranosso, nossa, nossos, nossas
 segundavosso, vossa, vossos, vossas
 terceiraseu, sua, seus, suas

Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor.

(eu) Vendi minha moto.
(tu) Releste tua prova?
(nós) Compramos nosso carro.

Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Vou lavar minhas sandálias e tênis.


Emprego dos pronomes possessivos

- seu:
a utilização do pronome seu (e flexões) pode gerar frases ambíguas, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor.

A menina disse ao colega que não concordava com sua reprovação.
(reprovação de quem? Da menina ou do colega?)

Para evitar esse tipo de ambiguidade, usa-se dele (dela, deles, delas)

A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação dela.
• A reprovação dela (da menina)

A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação dele.
• A reprovação dele (do colega)

- existem casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito.Aquele museu deve ter seus cem anos. (aproximação)

Meu
caro amigo, cuide melhor de sua saúde. (afeto)Sente-se aqui, minha senhora. (respeito)

- seu: anteposto a nomes próprios não é possessivo, mas uma alteração fonética de Senhor.

Seu José, o senhor poderia emprestar-me seu celular?


Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

Bibliografia: http://www.brasilescola.com/gramatica/pronome.htm


Posteriormente trago atividades relacionadas a essa matéria. Abraço!